Se Floripa fosse uma pessoa, o Centro Histórico seria sua memória mais antiga — cheia de histórias, algumas rugas charmosas e muitas camadas pra explorar. Escondido no meio do vai-e-vem do comércio e das avenidas modernas, esse pedaço da cidade ainda guarda ruas de paralelepípedo, arquitetura colonial, e uma energia que parece te transportar no tempo. A pergunta não é se vale a pena visitar, mas sim como é que você ainda não foi?
Um coração antigo no meio da ilha
Trata-se da região mais antiga da cidade, com construções que datam dos séculos XVIII e XIX, localizadas no entorno da Praça XV de Novembro. É ali que a cidade nasceu, cresceu e começou a se expandir. As ruas são apertadas, as calçadas cheias de histórias, e quase tudo tem uma plaquinha explicando por que aquele cantinho importa.
O que eu devo ver por lá?
Praça XV e a Figueira
Comece pela Praça XV de Novembro, com sua icônica figueira centenária — dizem que se você der a volta nela, arruma um casamento. (Ou pelo menos um crush local.) Ao redor da praça estão casarões históricos, lojinhas e o movimento típico de quem anda sem pressa.
Catedral Metropolitana
Bem em frente à praça está a Catedral Metropolitana, que impressiona pela fachada amarela e branca e pela história: sua construção começou em 1753. Lá dentro, os vitrais e detalhes barrocos valem a espiada — mesmo que você não seja do time que costuma entrar em igrejas.
Palácio Cruz e Sousa
Antiga sede do governo estadual, hoje abriga o Museu Histórico de Santa Catarina. A arquitetura é deslumbrante, cheia de colunas, detalhes dourados e chão de madeira que range. Por dentro, exposições sobre a história catarinense e, de quebra, uma bela vista da cidade.
Igreja Nossa Senhora do Rosário e Escadaria
Logo atrás da Catedral, quase escondida por entre os casarões e a correria do centro, está a Igreja Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, um dos templos mais antigos da cidade. Sua história carrega uma carga simbólica forte: foi construída pela Irmandade dos Homens Pretos e, durante séculos, frequentada por pessoas negras e brancos pobres — já que a sociedade da época era marcada por uma rígida segregação racial.
O acesso à igreja se dá por uma charmosa escadaria de pedra, conhecida como Escadaria do Rosário, que por si só já vale a visita (e algumas fotos no fim da tarde). É um lugar que convida à reflexão sobre a formação cultural da cidade e sua história social.
Mercado Público
Ponto de encontro de locais e turistas, o Mercado Público é onde você vai comer bem, tomar um chopp artesanal e talvez ouvir um samba ao vivo. Tem de tudo: ostras frescas, pastel de camarão, café orgânico e lembrancinhas. É caótico? Um pouco. Delicioso? Totalmente.
Alfândega e Galeria do Artesanato
Ali do lado está o prédio da antiga alfândega, hoje transformado em galeria de artesanato. Ótimo para quem quer levar algo típico, feito à mão — de rendas de bilro a peças de cerâmica.
Vale a pena visitar?
Sim. Não só vale, como deveria ser obrigatório para quem quer entender a alma da cidade. Mesmo com o vai-e-vem do comércio moderno ao redor, o centro histórico ainda pulsa com uma energia própria, onde o antigo e o novo convivem com certa harmonia.
Para o Explorador Sênior, é uma viagem no tempo com acesso fácil. Para a Mãe Solo, um roteiro seguro e educativo. E até o Executivo apressado pode encaixar uma caminhada entre reuniões e descobrir uma cidade muito além das salas de conferência.
Dicas práticas:
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Vá de tênis ou calçado confortável. As calçadas irregulares são lindas, mas escorregadias.
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Leve uma garrafinha de água e protetor solar. Mesmo no inverno, o sol da ilha não brinca.
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Se puder, vá durante a semana pela manhã — tudo funciona, e o movimento é mais tranquilo.
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Quando o sol se põe na Lagoa, Floripa muda de ritmo: entra o beat, os drinks e uma vibe que não dá pra explicar — só sentir. Clica aqui e descubra onde tudo acontece. 🍸🎶
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