Floripa pode até ser conhecida pelas baladas caras em Jurerê e pelos rooftops com vista para o mar, mas a verdade é que dá pra curtir a ilha mesmo com o bolso apertado — e com muito mais vibe, diga-se de passagem. Com um pouco de criatividade (e calçado confortável), você vai descobrir que as melhores experiências por aqui são, na maioria das vezes, gratuitas ou quase isso.
Então respira fundo, pega a mochila e vem com a gente nesse rolê pé no chão, com direito a trilha, cultura, feirinha, rango honesto e muita natureza.
Praias que valem cada passo
Começando pelo óbvio: praia não cobra ingresso. Mas nem por isso precisa ser mais do mesmo. Que tal fugir da muvuca e explorar lugares mais tranquilos como a Praia do Gravatá, a Lagoinha do Leste ou a Solidão? Todas são acessíveis por trilha, rodeadas de mata nativa, e garantem uma dose generosa de aventura com recompensa cênica no final.
Pra quem quer fugir da areia lotada com som automotivo, essas praias mais escondidas são um respiro. Não tem ambulante, mas também não tem confusão. Leva lanche, água, e não esquece de recolher seu lixo na volta.
Se você quiser algo mais fácil de chegar (e ainda gratuito), a Praia da Barra da Lagoa, com seu visual rústico e clima de vila de pescador, e o Pântano do Sul, com aquele pôr do sol digno de cartão-postal, também são boas pedidas. Leva tua canga, uma garrafinha d’água e pronto: day spa versão roots, sem precisar fazer pix de entrada.
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Trilhas, mirantes e natureza (grátis!)
Poucos lugares no Brasil têm tantas trilhas incríveis com acesso livre quanto Florianópolis. Da clássica Trilha da Lagoinha do Leste (pra quem curte suar a camisa e ver o mar lá do alto) até as mais leves e democráticas, como o Mirante da Praia Mole ou o caminho entre a Barra da Lagoa e a Prainha, tem rota pra todo tipo de perna e disposição.
Além das vistas deslumbrantes, as trilhas são verdadeiras aulas de biologia a céu aberto. Você cruza com bromélias, saguis, borboletas e, se der sorte (ou azar, depende), até com lagartos tomando sol na trilha. É o tipo de passeio que custa zero e entrega cem.
E a melhor parte? Não tem catraca nem cobrança. Só o silêncio da mata, o som do mar e aquele vento que bagunça os pensamentos do jeito certo. Uma terapia natural e 100% grátis.
Rolezinhos culturais e feiras locais
Quer mergulhar na cultura da ilha sem gastar horrores? Vai de feira! A Feirinha da Lagoa e o Mercado Público de Florianópolis são pontos obrigatórios pra quem curte artesanato, gastronomia local e música ao vivo — tudo no melhor estilo “pague quanto quiser” (ou observe sem culpa).
Além dos produtos locais, esses espaços oferecem aquele mix de turistas curiosos e moradores de longa data, trocando receitas, histórias e sorrisos. É onde Floripa mostra seu lado mais autêntico, sem filtro nem curadoria de Instagram.
Aliás, o Museu Histórico de Santa Catarina, no Palácio Cruz e Sousa, tem entrada gratuita em alguns dias da semana. E mesmo quando não é de graça, o valor é simbólico. Vale a visita nem que seja só pra admirar a arquitetura do lugar, fazer umas fotos no jardim e tirar aquela selfie cult na escadaria histórica.
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Almoços bons e baratos (sim, existem!)
Sim, é possível comer bem em Floripa sem precisar financiar o almoço. Alguns dos restaurantes mais honestos estão longe dos hotspots turísticos. Lugares como o Restaurante do Sesc Cacupe e Centro (pra quem está hospedado lá ou tem acesso), buffets por quilo na Conselheiro Mafra, PFs em qualquer shopping ou as lanchonetes simples da Trindade, onde o garçom já te chama pelo nome no segundo dia, são verdadeiros achados.
E não subestime os food trucks e trailers de bairro. Tem pastel bom, hambúrguer artesanal, hot-dog baratinho, espetinho na calçada. Tudo com aquele toque caseiro e preços que não fazem o cartão chorar.
🥇Dica de ouro: fique de olho nos menus do dia, geralmente servidos entre 11h30 e 14h30. Eles são fartos, saborosos e cabem direitinho no orçamento.
Pôr do sol é de graça (e mágico)
Nada como encerrar o dia com uma vista que não cobra nem um centavo. Os melhores lugares? O Caminho dos Açores, a Praça Hercílio Luz, o Mirante do Morro da Cruz, ou qualquer cantinho da Beira-Mar Norte com uma canga estendida e um chimarrão em mãos.
Se der sorte, ainda pega uma roda de violão, uma apresentação espontânea ou um vendedor de milho verde. É quando você percebe que Floripa não precisa de luxo pra ser inesquecível.