Spoiler: nem tudo são sunsets e água de coco, mas poderia ser. 😏
Imagina trocar o som das buzinas pelo barulho das ondas? Em Florianópolis, isso é mais do que possível — é rotina de muita gente que decidiu desacelerar e viver com mais propósito. O estilo de vida em Florianópolis atrai desde surfistas raiz até nômades digitais cansados de coworkings barulhentos em grandes cidades.
Aqui, o dia pode começar com um café olhando o mar na Praia Mole, uma trilha na Costa da Lagoa ou uma caminhada pelo centrinho de Santo Antônio, onde o tempo parece andar mais devagar — e todo mundo se conhece pelo nome.
A vida no modo slow
Floripa é praticamente um santuário do slow living. A conexão com a natureza, o ritmo mais leve e a presença de comunidades que valorizam bem-estar, sustentabilidade e qualidade de vida tornam a Ilha um destino cada vez mais cobiçado por quem busca equilíbrio.
No sul da ilha, bairros como o Ribeirão da Ilha e o Pântano do Sul são procurados por quem quer viver cercado por mata atlântica, ostras frescas e um ritmo de vida quase ancestral. Já a Lagoa da Conceição reúne jovens, famílias alternativas e gringos apaixonados pelo clima boêmio, esportes ao ar livre e cafés com Wi-Fi potente.
Floripa tem jeito de cidade pequena, mas com um pezinho no futuro. É possível encontrar aulas de yoga ao ar livre, feirinhas orgânicas, grupos de meditação na praia e startups que funcionam em contêineres adaptados com vista para o mar.
Paraíso (quase) perfeito para nômades digitais
Não é coincidência que Florianópolis está no radar dos nômades digitais. A cidade tem comunidades online dedicadas a quem trabalha remoto, com eventos de networking, coworkings bem localizados (como no centro, Itacorubi e Lagoa), além de uma cena gastronômica diversa e cheia de opções saudáveis.
Entre uma call e outra, dá pra encaixar um banho de mar, um açaí na sombra e um pôr do sol no Mirante do Morro da Lagoa. Nada mal pra quem antes só via o céu cinza refletido no vidro dos prédios.
Mas nem tudo são flores: o custo de vida em bairros badalados como Campeche, Lagoa e Cacupé vem subindo, e a infraestrutura ainda tem seus perrengues, especialmente fora da temporada.
Quer saber como é viver em Floripa? Tudo o que você precisa saber sobre Morar em Floripa: O Que Ninguém Te Conta
Uma rotina com mais propósito?
Quem se muda pra cá muitas vezes vem com a ideia de uma vida mais leve, mais conectada à natureza, com menos pressa e mais sentido. E sim, isso pode acontecer. Mas não sem ajustes — e um pouco de realidade.
A maioria das pessoas que vive em Florianópolis trabalha (muito), enfrenta trânsito em horários de pico, lida com internet instável em algumas regiões e sente o peso do custo de vida nas compras do mercado. A vida aqui não é um eterno pôr do sol na Beira Mar.
Por outro lado, tem algo que muda — mesmo pra quem trabalha das 8h às 18h: o entorno. Ver o mar no caminho pro trabalho, comprar peixe direto da peixaria, ou pegar uma trilha leve num sábado de manhã vira parte da equação. A natureza aqui não é um passeio, é vizinha.
É um estilo de vida possível? Sim. Mas não automático. É preciso escolher desacelerar, mesmo quando tudo aperta. Floripa não resolve sua rotina por mágica — mas te lembra, todo dia, que há algo além dela.
E no fim do dia… o mar segue ali, mesmo que você só veja no fim de semana
A maioria das histórias de quem escolhe viver aqui tem o mar como pano de fundo. Mas nem todo mundo surfa depois do expediente ou almoça com os pés na areia — muita gente só consegue chegar perto da praia no domingo à tarde ou num feriadão.
Ainda assim, o mar está lá. Como promessa, como lembrança ou como objetivo. Ele muda o jeito que a gente encara os dias. Mesmo que você esteja atolado de trabalho, saber que o mar está logo ali já transforma a lógica da rotina.
Viver em Florianópolis não é sinônimo de vida fácil, mas é quase sempre uma tentativa (às vezes frustrada, às vezes vitoriosa) de viver com mais intenção. E o mar — mesmo que distante durante a semana — é o lembrete constante de que dá pra tentar.
Não é só lifestyle, mas também uma escolha
Floripa não é uma fuga. É um convite. A viver de forma mais leve, a olhar pro céu e lembrar que a vida pode (e deve) ser simples. Que trabalhar não precisa significar abrir mão do agora. Que o mar pode estar sempre por perto — nem que seja só pra lembrar que tudo passa, até as ondas ruins.